quarta-feira, 30 de março de 2011

Manejo comunitário no Brasil tem norma própria para certificação


O Brasil já tem padrões nacionais para a certificação socioambiental das florestas manejadas por populações tradicionais, comunidades, associações ou pequenos produtores.O anúncio feito pelo Forest Stewrdiship Council, (FSC,em português, Conselho de Manejo Florestal) inclui também o México e Camarões.

Nesses países, as certificadoras ressentiam-se da ausência de indicadores técnicos específicos para a avaliação do impacto das atividades exercidas por esses povos: “por serem de baixa escala, provocam um impacto pequeno sobre a floresta. O padrão nacional é importante para viabilizar a certificação para as comunidades” afirma Patrícia Cota Gomes, engenheira- florestal do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora, que há seis anos atua na certificação de comunidades na região amazônica e apoiou, no Brasil, as audiências públicas e testes práticos para a construção da norma.

Atualmente, o Brasil. tem oito comunidades certificadas, mas um potencial bem maior, já que, de acordo com dados do Serviço Florestal Brasileiro, o país possui 62% de suas florestas públicas destinadas ao uso comunitário, num total de 128 milhões de hectares.

A expectativa do FSC internacional com a adoção dos novos padrões, de acordo com a gerente de projetos sociais, Shoana Humphries, é estimular o crescimento desse número e, em conseqüência, a conservação das florestas tropicais. Shoana diz ainda que “espera que a certificação seja uma ferramenta para as comunidades receberem os benefícios do manejo florestal responsável”.

Á frente da Cooperfloresta, cooperativa localizada em Rio Branco, no Acre e que reúne quatro comunidades certificadas, totalizando 130 famílias, Evandro Araújo de Aquino acha positiva a redução de barreiras técnicas mas afirma que “ o próximo desafio é o do mercado. É preciso uma política forte de sensibilização do consumidor para o produto comunitário certificado” .

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