segunda-feira, 4 de março de 2013

Nova linha de bolsas da Gucci tem couro brasileiro, de empresas com certificação socioambiental, auditada pelo Imaflora

Os empreendimentos brasileiros possuem a certificação da Rainforest Alliance Certified™. A iniciativa da grife italiana é pioneira no mundo e mostra que é possível aliar consumo a práticas responsáveis com o meio ambiente.

A Gucci escolheu o couro da Fazendas São Marcelo Ltda., do Grupo JD, processado pelo frigorífico Marfrig – os quais, nos segmentos em que atuam são os pioneiros mundiais na conquista da certificação Rainforest Alliance Certified--  para fornecer a matéria-prima da linha das bolsas que acaba de lançar, em Paris.

Dessa forma, a grife italiana marca sua estréia no “Desafio Tapete Verde”, criado pela estilista da marca Lívia Firth, que pretende despertar a indústria da moda para a sustentabilidade. Os três modelos, que as consumidoras francesas conheceram em primeira mão, resultam do cumprimento de 136 critérios sociais e ambientais, entre os quais estão a comprovação do respeito à biodiversidade, ao uso dos recursos naturais, a adoção de medidas para a redução significativa de gases de efeito estufa, do respeito aos direitos trabalhistas, de condições dignas de trabalho, da ausência de mão de obra infantil, em todas as etapas produtivas da carne e do couro utilizados.

A iniciativa da Gucci foi saudada por Sabrina Vigilante, diretora de Iniciativas Estratégicas da Rainforest Alliance como “um exemplo brilhante, que demonstra que a pecuária pode gerar benefícios ao meio ambiente, aos pequenos produtores rurais e, ao mesmo tempo, promover o bem-estar animal”.

A São Marcelo tem 31 mil hectares e está em dois biomas, na Amazônia e no cerrado. Além da auditoria que comprovou boas práticas de gestão socioambiental, a fazenda se diferencia por possuir duas Reservas Particulares de Patrimônio Natural, termo de cooperação técnica assinado com o IBAMA do Mato Grosso para a recuperação e posterior soltura dos animais apreendidos pelo Instituto, promover cursos de artesanatos para as mulheres de seus funcionários, possibilitando o complemento da renda familiar, além de aperfeiçoamento e reciclagem para os funcionários.

Localizado em Tangará da Serra, Marfrig foi a primeira indústria do setor de proteína animal a fazer a ligação entre a produção no campo e o consumidor final, com rastreabilidade garantida atestada por auditoria independente. A indústria tem unidades produtivas em 17 países e seus produtos chegam a 160 compradores de 160 nacionalidades diferentes.

Para o secretário-executivo do Imaflora, Maurício Voivodic, “a nova linha da Gucci para o ‘Desafio Tapete Verde’ faz a conexão entre os consumidores e conservação das florestas e aponta para as boas práticas na agropecuária, no Brasil.” 






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