sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Alternativas para um projeto de sucesso

Francisco Gasparetto Higuchi 

A mudança do clima global é o maior desafio da humanidade até o presente momento. Um 'problema' que irá atingir todos os povos, independente de qualquer característica (como classe social ou religião). A grande preocupação (e o que acelera esse processo de mudança) é a emissão de gases de efeito estufa (GEE), ou simplesmente a emissão de carbono.

Nos países do hemisfério norte (conhecidos também por Países Desenvolvidos), as principais fontes de emissão são: queima de combustível fóssil e a produção de cimento. Enquanto nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a principal (disparada com +75%) fonte de emissão é o Uso e a Mudança do Uso da Terra. Este por sua vez pode ser traduzido como "desmatamento".

Só na Amazônia, na última década (2004-2014), a média de desmatamento foi acima de 9 mil km². Com base em estimativas médias, esse desmatamento pode acarretar em uma emissão anual de +528 milhões de toneladas de CO2 equivalente para atmosfera.

Se considerarmos a premissa básica de projetos REDD+ (Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação Florestal em países em desenvolvimento evitados), zerar o desmatamento na Amazônia é gerar +528 milhões de créditos de carbono anualmente. Ao considerar que o crédito pode custar US$ 1,00, temos uma oportunidade de negócios impressionante.

No entanto, geração de créditos de carbono por meio de projetos REDD+ não é tão simples assim. A principal narrativa que o mercado esquece é que: ninguém fez nada para ter o estoque de carbono florestal que temos. Desse modo, para gerar créditos de carbono não basta apenas transformar a floresta em um santuário intocável.

Poucos dão a devida atenção à um aspecto fundamental de projetos dessa natureza: a Adicionalidade.
Um projeto REDD+ deve apresentar uma forma alternativa de uso da terra de modo que a "nova" viabilize a manutenção e preservação da floresta em pé. Muitos trabalhos científicos (de alta representatividade no setor acadêmico mundial) defende a tese de que "Governança" é a melhor tática para redução de desmatamento ilegal. No entanto, "governança" não tem relação, necessariamente, com Governo, mas com presença de "dono". Um projeto de manejo da floresta, seja para produção de madeira ou qualquer outro produto e/ou serviço florestal, já representa governança suficiente para conter avanços de pressões na floresta. Ou seja, inserir uma simples placa "Área protegida" não irá produzir os resultados desejados. Mas, o projeto de sustentabilidade por meio do uso racional dos produtos e/ou serviços da floresta sim.

Sendo assim, a ideia do curso é apresentar de forma simples e objetiva que: projetos REDD+ não são tão simples assim e não precisam ser considerados a única forma de conservação de florestas naturais maduras. 

Serão apresentados os principais tópicos e temas que precisam ser abordados num projeto e quais considerações precisam ser analisadas para o sucesso de um projeto.

Saiba todas as informações e inscreva-se aqui ou entre em contato através do número 19 34290868 / bruno@imaflora.org - Bruno Brazil.


Aproveitem!



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