quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Assédio no ônibus é apontado por mulheres e homens como problema, em pesquisa do Observatório Cidadão de Piracicaba.

O assédio às mulheres é apontado como um problema no transporte público da cidade por 69% dos usuários, de ambos os sexos. A informação foi detectada pela pesquisa de mobilidade urbana, realizada pelo Observatório Cidadão de Piracicaba , sob a coordenação do professor Roberto Braga, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas do campus de Rio Claro, da Unesp.

A pesquisa ouviu 319 usuários, em quatro regiões diferentes e avaliou 17 quesitos sobre a opinião dos usuários sobre a qualidade do transporte público em Piracicaba, que serão divulgados proximamente.

Entre as mulheres ouvidas, 75,8% apontaram o assédio como um problema grave e 48% declararam conhecer uma mulher que já tenha sofrido algum tipo de abuso nos ônibus. 60% dos homens entendem o assédio como uma questão grave a ser resolvida e 36%  dizem conhecer uma mulher vitima de abuso no transporte.

“Os números mostram uma realidade alarmante, que impede o ir e vir da mulher com segurança, na cidade”, diz Cláudia Regonha Suster, psicóloga e integrante do Coletivo Promotoras Legais Populares, que enfatiza a importância de uma campanha, em caráter permanente contra o assédio no transporte público em locais de alta visibilidade, como propõe o Observatório Cidadão de Piracicaba. Ela  antecipa que já há iniciativas nesse sentido sendo construídas e que devem ser conhecidas brevemente.


O Observatório Cidadão é uma iniciativa conjunta da OAB-8ª Subseção de Piracicaba, Pira21, Florespi, Imaflora, Casvi, Pasca e UNESP. O Observatório tem como objetivo instrumentalizar a sociedade para melhor compreensão e participação nos processos decisórios locais e contribuir com o monitoramento, avaliação e aprimoramento das políticas públicas do município. Saiba mais em: www.observatoriopiracicaba.org.br.




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