Janeiro e Fevereiro 2020
Por: Ana Cristina Nobre da Silva
Trabalho intermitente pagou em média menos de um salário
mínimo em 2018 - Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que em 43% dos vínculos intermitentes a
remuneração foi inferior a um salário mínimo em dezembro de 2018. Além disso,
entre os vínculos em 2018, 11% não tiveram renda. Ou seja, um em cada 10
contratos intermitentes não geraram renda para o trabalhador. Nessa modalidade,
o empregado ganha por hora trabalhada e não há garantia de jornada ou
remuneração mínima por mês. A pesquisa se refere a vínculos intermitentes
admitidos em 2018 e ativos até 31 de dezembro daquele ano. O trabalho
intermitente foi criado pela reforma trabalhista em vigor desde novembro de
2017 com a promessa do governo na época de gerar 2 milhões de empregos em 3
anos, ou 55 mil vagas por mês. Dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), em Janeiro deste ano, revelam que das 644 mil vagas de
emprego criadas em 2019, 106 mil (16,5%) foram na modalidade de trabalho
intermitente. Fonte: G1.
Veja a análise produzida pelo DIEESE sobre contratos
intermitentes aqui.
Reforma trabalhista e situação dos índios levam OIT a
pressionar Brasil. No dia 14 de
fevereiro, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou relatório do
Comitê Independente de Especialistas, voltando a criticar a reforma trabalhista
adotada no governo de Michel Temer, apontando situação de riscos para indígenas
no país e pedindo alternativa ao imposto sindical obrigatório, entre outros pontos.
O relatório do comitê de especialistas independentes sobre a aplicação de
convenções e recomendações da OIT, será analisado por uma comissão formada por
trabalhadores e empregadores. Essa comissão vai formular uma lista preliminar
de 40 casos suspeitos de violação das convenções, a ser divulgada até abril.
Depois, representantes dos governos se juntam a essa comissão para definir uma
lista curta de 24 casos mais graves que serão examinados durante na conferência
internacional do trabalho entre 25 de maio e 5 de junho, em Genebra. Fonte:
Valor Econômico.
Acesse aqui o relatório do Comitê Independente de
Especialistas da OIT (em inglês).
Acompanhe o percurso da Medida Provisória 905, que cria a
carteira Verde e Amarela – No dia 12 de
fevereiro a MP 905 foi prorrogada por mais 60 dias. No dia 19 do mesmo mês, o
relator da MP 905/19, deputado Christino Aureo (PP-RJ), apresentou seu parecer
à comissão mista do Congresso Nacional, com alterações. Foram apresentadas ao
texto 1.930 emendas. Dessas, foram acatadas 476 alterações. O colegiado volta a
se reunir no dia 3 de março, uma terça-feira, para debater e votar o parecer do
relator. Em seguida, a matéria vai a votos no plenário da Câmara e depois no do
Senado. Finalmente, vai à sanção presidencial. Fonte: Agência DIAP.
Confira uma síntese das alterações no texto da MP
905/2019 preparada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(DIAP) aqui.
[1] O Observatório da Reforma Trabalhista
é uma iniciativa do Núcleo Social do Imaflora que visa manter sua equipe
técnica e parceiros atualizados sobre as principais mudanças decorrentes da Lei
da Reforma trabalhista 13.467/17, que altera pontos da Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT).
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