segunda-feira, 28 de março de 2016

Bioprodutos no Brasil: disputas e concordâncias de uma agenda comum da agropecuária e proteção da natureza



Gerd Sparovek, Laura Barcellos Antoniazzi, Alberto Barretto, Ana Cristina Barros, Maria Benevides, Göran Berndes, Estevão do Prado Braga, Miguel Calmon, Paulo Henrique Groke Jr, Fábio Nogueira de Avelar Marques, Mauricio Palma Nogueira, Luis Fernando Guedes Pinto, Vinicius Precioso.
 
Uma questão-chave para alimentos, biocombustíveis e outros bioprodutos é como a produção agropecuária afeta a natureza e o desenvolvimento socioeconômico. A questão é um desafio e opiniões muitas vezes colidem.
 
As últimas décadas têm mostrado melhorias no setor agrícola em produtividade e eficiência, grandes reduções de desmatamento e o crescimento da produção ambientalmente certificada, lado a lado de debates sobre a proteção da natureza, como por exemplo, a revisão do Código Florestal de 2012.

Apesar disto, os lados opostos continuam entrincheirados, consolidando posições combativas.
Uma troca estruturada envolvendo nove especialistas ligados aos grandes interesses de produtores (pecuária, culturas, florestas plantadas e carvão vegetal) e ONGs ambientalistas desenvolveu um método de classificação de pontos de vista com quatro categorias:

(I) espaço compartilhado – com os interesses comuns que consideram o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira;
(Ii) espaço que serve o interesse exclusivo de conservação da natureza;
(Iii) espaço que serve o interesse exclusivo da produção agropecuária; e
(Iv) espaço que serve principalmente a sustentação da disputa.

Concluímos que a maioria da ações concilia a produção e a conservação, mas muito da opinião pública é formada por um aparente conflito entre esses objetivos; e um debate que se tornou, pelo menos em certa medida, um fim em si.









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