segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O Imaflora na COP 22

Durante a 21ª Conferencia das Partes (COP-21) da ONU em 2015 em Paris, o Imaflora testemunhou um tratado mundial histórico: o Acordo de Paris. Nessa ocasião, quase 200 países estabeleceram a meta de reduzir suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) como forma de evitar que a temperatura da terra aumente 1,5ºC até 2100. Para tal, os países desenvolveram e ratificaram suas NDCs (Contribuição Nacionalmente Determinadas), que descrevem as ações planejadas para redução do aquecimento e que formam a base do Acordo de Paris.

O Brasil está entre os Top10 emissores de GEE do mundo. Entretanto, diferente dos demais países, grande parte de suas emissões são concentradas no setor de agropecuária (figura abaixo). Assim, para contribuir com o Acordo de Paris o país tem o desafio de implementar sistemas produtivos agropecuários mais eficientes. 

Esse desafio nada mais é do que a oportunidade de investir na pecuária, na recuperação das pastagens degradadas e transformar o setor em grande sequestrador de carbono. Atualmente, a pecuária de corte representa 15% das emissões nacionais e explora menos que um terço de sua capacidade produtiva.


Nesse sentido, o governo brasileiro planejou ações coerentes de mitigação para o setor agropecuário até 2030, se comprometendo a recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e implantação adicional de 5 milhões de hectares de sistemas integrados com agricultura, pecuária e floresta. Além de prometer a restauração de áreas degradadas de 12 milhões de hectares e ações para frear o desmatamento.

Um ano após Paris, o Imaflora volta para a versão número 22 da COP, agora em Marrakesh em Marrocos, com o objetivo de acompanhar e debater os próximos capítulos do Acordo de Paris e as ações brasileiras para cumprimento desse acordo. Espera-se que dessa COP-22 sejam discutidos temas práticos do Acordo de Paris, como o monitoramento e transparência dos compromissos estabelecidos, a adaptação às mudanças climáticas e financiamento climático. Essas ações e oportunidades, principalmente as ligadas ao monitoramento e transparência, ainda são tímidas no Brasil. E assim, apresentam-se como uma oportunidade de ação do Imaflora.

Nesta edição da COP, o Imaflora apresentará ainda no Espaço Brasil:










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