Rede do Observatório do Clima, que se reúne esta semana em
Piracicaba, participou de discussões aplicadas a políticas climáticas na sede
do Imaflora
Com discussões cada
vez mais difundidas, os princípios de governo aberto e de transparência pública
aplicada a políticas climáticas foram tema, esta segunda-feira (5), de workshop
na sede do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).
O objetivo do
encontro foi levantar insumos para que a rede do Observatório do Clima (OC),
organismo da sociedade civil para discutir mudanças climáticas composto por 43
entidades, possa incorporar ações em sua agenda ainda este ano.
“Este tipo de
encontro permite com que questionamentos importantes sejam feitos, cobra dos
agentes públicos mais transparência, estabelece o avanço na construção de
conceitos de descarbonização, que é nosso principal objetivo, além de ajudar a
colher subsídios para nossas discussões e empoderar a sociedade em torno de
debates em que ela têm de participar”, disse Carlos Rittl, secretário executivo
do OC.
Durante a semana, a
coalizão que integra o OC participará de uma série de discussões e atividades
externas em Piracicaba, que acontecerão na sede do Imaflora e na Esalq (Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). É a primeira vez que a cidade sediará
a assembleia geral do OC.
Renato Morgado,
coordenador de políticas públicas do Imaflora, afirmou que o encontro também
teve como finalidade refletir sobre avanços e desafios existentes na agenda
climática e nas atividades em rede do OC.
“A programação do
workshop foi pensada para potencializar a aplicação dos princípios de governo
aberto em atividades já existentes e nas ações das organizações que integram o
OC ao longo deste ano, em que teremos eleições presidenciais e importantes
eventos ambientais, como a COP 24, na Polônia”.
A discussão sobre o
tema governo aberto abriu, ainda, perspectivas para a área de restauração e de
reflorestamento ambiental, segundo Mário Mantovani, diretor da SOS Mata
Atlântica. “O uso desses dados permite visualizarmos mais políticas públicas
para o setor, incorporando informações em planejamentos e cobrando a
participação civil em decisões governamentais”, afirmou.
A pesquisadora do
Iclei (Governos Locais pela Sustentabilidade), Iris Coluna, destacou que a
principal dificuldade, para o terceiro setor, é a obtenção de dados públicos de
confiança, o que facilitaria a implementação de políticas públicas assertivas.
“Sentimos que há uma necessidade e um gargalo ainda muito grande em relação à
publicação de dados oficiais nos municípios. Somente com essas informações é
que conseguiremos avançar em temas importantes para a sociedade e, por isso, o
debate é tão fundamental”, acrescentou.
Participaram das
discussões, também, as entidades: Agenda Pública, Artigo 19, Engajamundo,
Fundação Boticário, ICV (Instituto Centro de Vida), Ipam (Instituto de Pesquisa
Ambiental da Amazônia), Rede GTA, OKBr (Open Knowledge Brasil) e WRI (World
Resources Institute).
Políticas
públicas – Governo Aberto é um conceito baseado nas ações voltadas ao
aumento da transparência e da prestação de contas dos governos à sociedade e ao
desenvolvimento de novas tecnologias e inovações para o setor público.
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