terça-feira, 6 de março de 2018

Workshop sobre governo aberto lança subsídios para estratégias do OC em 2018


Rede do Observatório do Clima, que se reúne esta semana em Piracicaba, participou de discussões aplicadas a políticas climáticas na sede do Imaflora

Com discussões cada vez mais difundidas, os princípios de governo aberto e de transparência pública aplicada a políticas climáticas foram tema, esta segunda-feira (5), de workshop na sede do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).

O objetivo do encontro foi levantar insumos para que a rede do Observatório do Clima (OC), organismo da sociedade civil para discutir mudanças climáticas composto por 43 entidades, possa incorporar ações em sua agenda ainda este ano.

“Este tipo de encontro permite com que questionamentos importantes sejam feitos, cobra dos agentes públicos mais transparência, estabelece o avanço na construção de conceitos de descarbonização, que é nosso principal objetivo, além de ajudar a colher subsídios para nossas discussões e empoderar a sociedade em torno de debates em que ela têm de participar”, disse Carlos Rittl, secretário executivo do OC.

Durante a semana, a coalizão que integra o OC participará de uma série de discussões e atividades externas em Piracicaba, que acontecerão na sede do Imaflora e na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). É a primeira vez que a cidade sediará a assembleia geral do OC.

Renato Morgado, coordenador de políticas públicas do Imaflora, afirmou que o encontro também teve como finalidade refletir sobre avanços e desafios existentes na agenda climática e nas atividades em rede do OC.

“A programação do workshop foi pensada para potencializar a aplicação dos princípios de governo aberto em atividades já existentes e nas ações das organizações que integram o OC ao longo deste ano, em que teremos eleições presidenciais e importantes eventos ambientais, como a COP 24, na Polônia”.

A discussão sobre o tema governo aberto abriu, ainda, perspectivas para a área de restauração e de reflorestamento ambiental, segundo Mário Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica. “O uso desses dados permite visualizarmos mais políticas públicas para o setor, incorporando informações em planejamentos e cobrando a participação civil em decisões governamentais”, afirmou.

A pesquisadora do Iclei (Governos Locais pela Sustentabilidade), Iris Coluna, destacou que a principal dificuldade, para o terceiro setor, é a obtenção de dados públicos de confiança, o que facilitaria a implementação de políticas públicas assertivas. “Sentimos que há uma necessidade e um gargalo ainda muito grande em relação à publicação de dados oficiais nos municípios. Somente com essas informações é que conseguiremos avançar em temas importantes para a sociedade e, por isso, o debate é tão fundamental”, acrescentou.

Participaram das discussões, também, as entidades: Agenda Pública, Artigo 19, Engajamundo, Fundação Boticário, ICV (Instituto Centro de Vida), Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Rede GTA, OKBr (Open Knowledge Brasil) e WRI (World Resources Institute).

Políticas públicas – Governo Aberto é um conceito baseado nas ações voltadas ao aumento da transparência e da prestação de contas dos governos à sociedade e ao desenvolvimento de novas tecnologias e inovações para o setor público.

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