Documento
está disponível no site da iniciativa Rio Alimentação Sustentável
Rio
de Janeiro – 17.10.2014 – Um diagnóstico elaborado pela iniciativa
Rio Alimentação Sustentável traçou o
perfil de abastecimento de alimentos saudáveis e sustentáveis no Brasil, em
especial no território carioca, com o objetivo de orientar os passos que
garantirão a oferta dos alimentos durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio
2016.
A iniciativa é formada por
uma aliança entre 26 organizações coordenadas pela Conservação Internacional –
Brasil (CI-Brasil) e WWF-Brasil. O Diagnóstico
para a Oferta de Alimentos Saudáveis e Sustentáveis nos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos de 2016 foi apresentado ontem no Rio durante a assinatura de um
memorando de entendimento entre a iniciativa Rio Alimentação Sustentável Comitê
Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 visando garantir
alimentos saudáveis e sustentáveis durante as competições.
Foram analisadas 15 cadeias
produtivas, entre as quais carne, cereais, frutas, hortaliças, peixes, leite e
derivados. A ideia é que esse diagnóstico se torne um guia para o país na
formulação de políticas públicas para alimentação. O documento está disponível
no site da iniciativa: www.rio-alimentacaosustentavel.org.br
Ao apontar oportunidades e
desafios para o setor, o levantamento torna-se um importante guia para os
organizadores dos Jogos Rio 2016 e inspiração para governos, instituições públicas,
empresas e sociedade civil repensarem o modelo de alimentação a ser adotado
durante eventos de grande porte.
“Nosso objetivo é oferecer
uma alimentação saudável, sustentável e que promova a rica cozinha brasileira”,
diz Leila Luiz, gerente de Alimentos e Bebidas do Comitê Organizador dos Jogos
Rio 2016, lembrando que serão servidas cerca de 14 milhões de refeições durante
o período das competições Olímpicas e Paralímpicas.
É grande o potencial que se
pode deixar para as políticas públicas alimentares a partir de um megaevento
como os Jogos. Exemplo disso é a experiência pioneira dos Jogos de Londres
2012, onde os prestadores de serviço de alimentação buscaram reduzir a pegada
ecológica dos alimentos, priorizando produtos regionais.
“Os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos Rio 2016 serão uma chance para o Brasil aprimorar a estruturação
das cadeias produtivas de alimentos saudáveis e sustentáveis no Rio de Janeiro
e no Brasil. Esses alimentos terão visibilidade e poderão tornar-se mais
acessíveis”, enfatiza Guilherme Dutra, Diretor de Estratégia Costeira e Marinha
da Conservação Internacional – Brasil.
“A alimentação também faz
parte da experiência que as pessoas vão viver nos Jogos. Por isso, estamos
felizes de trabalhar em parceria com a Rio Alimentação Sustentável, que vai nos
ajudar a promover a sustentabilidade entre os produtores brasileiros, explica
Julie Duffus, gerente de Sustentabilidade do Comitê Organizador dos Jogos Rio
2016.
Produção – Uma
das estratégias apontadas pelo diagnóstico é adequar a produção aos padrões de
qualidade e regulamentos exigidos pelo mercado de produtos sustentáveis. O
custo para certificar alimentos e garantir sua origem e sistema de produção é
alto e impacta todos os elos da cadeia de produção, tornando-se um gargalo para
o setor. De acordo com os organizadores da iniciativa, será preciso criar
alternativas, como a certificação em grupo ou por segmento, entre os produtores
envolvidos. Somente um sistema de certificação reconhecido pelo mercado poderá
indicar para o consumidor que o alimento é produzido de forma mais sustentável.
Apesar da crescente demanda
por alimentos produzidos de forma mais sustentável, a produção ainda se dá em
escala muito baixa no país. Outra barreira é a ausência de estatísticas
confiáveis. “Este é um primeiro esforço nacional para que possamos ter um
diagnóstico real da produção de alimentos saudáveis no país”, esclarece
Frederico Soares Machado, analista de Políticas Públicas do WWF-Brasil, uma das
organizações responsáveis pelo documento.
Para garantir que a
iniciativa Rio Alimentação Sustentável cumprirá seus objetivos, o relatório
traz uma série de recomendações para subsidiar a estratégia do Comitê Rio 2016,
que estabeleceu parâmetros de sustentabilidade para os fornecedores e
licenciados da alimentação dos Jogos.
A rastreabilidade também
deverá ser incorporada pelos organizadores para garantir a procedência dos
produtos. Parecerias com governos e o setor privado, além de campanhas
informativas também fazem parte das recomendações.
Contatos para entrevista:
Jean François Timmers –
Superintendente de Políticas Públicas – WWF-Brasil – 61 82891 1113
Frederico Soares – Analista
de Políticas Públicas – WWF-Brasil – 61 – 91738237
Maurício Bianco –
Comunicação – CI-Brasil: 21 – 96830130
Valéria Corbucci –
Comunicação – Comitê Olímpico – 21
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